A partida entre as equipas sub-17 de futsal do Santo António de Lisboa e UPVN, realizada este sábado (05 abril) no Pavilhão Desportivo da Ajuda, foi interrompida aos 27 minutos da primeira parte, com o marcador a assinalar 1-2 a favor da formação visitante. O jogo contava para a 22.ª jornada da Série 3 do Campeonato Distrital da III Divisão, correspondente à última ronda da primeira fase.

O encontro ficou marcado por um ambiente tenso e por três expulsões aplicadas à equipa da casa – dois jogadores e o delegado. A sequência de decisões disciplinares culminou na decisão do treinador do Santo António de Lisboa de retirar a sua equipa da quadra, levando à interrupção definitiva do jogo por parte da equipa de arbitragem, composta por Cláudia Nunes e José Colaço Valarinho.
Em declarações prestadas após o incidente à Rádio AlcabidecheFM, o clube lisboeta reconheceu a justiça da primeira expulsão, que reviu o lance através de imagens de vídeo. No entanto, contestou o critério disciplinar aplicado nos lances seguintes, referindo que o segundo jogador expulso terá sido punido após uma disputa de bola “completamente normal”. O Clube de Alcântara alegou ainda que o árbitro “manteve uma atitude provocadora” ao longo do encontro, o que terá contribuído para o aumento da tensão emocional dos jovens atletas.
O clube criticou também a atuação posterior da equipa de arbitragem, referindo que um dos jogadores suplentes terá sido expulso sem intervenção direta no jogo, e que a proposta de chamar a PSP para garantir a segurança e dar continuidade à partida foi recusada pelos árbitros. “Fica assim uma má imagem do nosso futsal”, lamentou a equipa da casa.

A Associação de Futebol de Lisboa junto do Conselho de Disciplina deverá agora analisar os factos recebidos e determinar eventuais sanções disciplinares ou desfechos administrativos da partida.
RPJ